A nossa viagem cultural começa por ALEXANDRIA, cidade portuária,
situada ao norte do Egito fundada por
ALEXANDRE MAGNO, O GRANDE,
que fez dela a sua capital, enquanto conquistava o grande império da
Macedônia.
Alexandre
O grande, como é conhecido, assumiu o trono em lugar de seu pai e
comando do exército. Ao seu comando, construiu um império
conquistando território em toda península balcânica no perímetro
do mar mediterrâneo. Mas para além de uma dominação econômica e
política, se dedicou a uma dominação cultural, difundindo o
helenismo, que é a fusão da cultura grega com as dos países que
ele conquistava. Ele era pupilo de Aristóteles, fundador do Liceu, o
primeiro sistema de universidade para a junção de um conhecimento
combinado e também um entusiasta politeísta, consultando as
tradições místicas para consultar os deuses através dos seus
oráculos. Ele acreditava ser a própria encarnação de um deus, que
o dava invencibilidade nas batalhas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMJdeyppZMOGlUJ3RIZYa4DW0eoNds0Fmi_qBNRBelvGq3ncdTNGLiYjsYy-QphrPW9-0oPUhFw60dzwNy46NBT4JwsPld6TbEVANsObMBB3Xg8T0LFjTI7EB0Px6piqHKmX7tAYNznGg/s320/bibliotecadealexandria.jpg)
Quando
Alexandre morreu, o seu reinado foi divido em duas linhagens de
generais: As dos Ptolomeu I que ficou com a parte sul do império,
incluindo o Egito e os Seleucos que ficaram com a parte norte. Com a
morte de Alexandre, também terminou o período helenístico que
representava a ode pelo politeísmo, o sincretismo cultural e começou
o predomínio da era medieval que veio junto com a era cristã. Ou
seja, a crença em um único deus, o monopólio do conhecimento pela
igreja e as grandes batalhas e cruzadas medievais por território.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf5XmbQ3AHjGHbYMgDhAtLfXbXdqkSS7SyKL9uemqdXxvY-UVt7qzO0h2yhfdmCoK24xzepv3oLKO7wS00T4b73J6iKrgcYxmM9kRRURXbhcdjyGAASR9bxD1PejL8qGlfJ6b-73BaX50/w625-h329/biblioteca-de-alexandria-og.jpg)
Imagine
que os Ptolomeus que eram mais inclinados ao modelo de MAGNO e
atribuíam as conquistas a um conjunto deuses, e absorvia a cultura
de outros povos, enquanto os Seleucos estavam mais imbuídos pela era
medieval, em que a partir daí construiu toda a Europa. E aqui é
possível conjecturar como o declínio do helenismo, com um pano de
fundo político culminou na destruição do que foi a primeira e
maior biblioteca do mundo. Com um acervo de quase 1 milhão de
livros ou pergaminhos ,sua fundação foi atribuída a Ptolomeu I ,em
Alexandria, que como era uma cidade portuária, obrigava todos os
navios a permitir a transcrição dos pergaminhos que viajavam com
eles. A biblioteca, que também podia ser um templo que contemplavam
vários deuses, passou por vários processos de degradação, que
destruíram grande parte do acervo original mas que é incerto como
isso aconteceu.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_3ewQjWMjOFoq30O-RJtxAISfKqgYqcOogGCzTyttJNldTJyAXwoT-WhTGKO5mO54W1yLzhMiW3HC-rP36Oo8o3SGxgR_zLgP-iEcQh8er_URor9s8K6yjg7cy2pXpaWvZ7QR_gS2szU/w500-h260/Biblioteca-de-Alexandria-1024x530.png)
Por
fim, em 1991, com o patrocínio da UNESCO, projetado por uma equipe
norueguesa e o então presidente do Egito, a biblioteca foi
reconstruída e hoje abriga um centro cultural, junto de um acervo
por volta de 2 milhões de livros.
Ela
fica localizada a 17 minutos do aeroporto internacional de
Alexandria, em um quarteirão que abriga universidade de direito e
artes, a Escolástica de Alexandrina e um Planetário Science center,
além de alguns monumentos e pontos turísticos, próximos.
Saiba mais em: Como chegar em Alexandria
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